29 de julho de 2012
João 6,1-15
O Evangelho de João apresenta sete sinais de Jesus, que correspondem aos milagres nos sinóticos. Esta cena da partilha dos pães é o quarto sinal. Os três Evangelhos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, também narram esta partilha dos pães. Nestes sinóticos, diante da grande multidão Jesus ensina e cura. Contudo, João se refere apenas à partilha dos pães e peixes, fazendo predominar na narrativa o seu caráter de sinal.
O evangelista João, ao mencionar a Páscoa como "a festa dos judeus", coloca-se a si próprio, bem como a Jesus, fora desta celebração tradicional de Israel. Assim também, no Evangelho de João, a última ceia de Jesus, em Jerusalém, não é realizada no dia da Páscoa, mas na sua véspera. Na Páscoa celebrava-se a morte dos egípcios e a saída do povo de Israel do Egito, para a invasão e o extermínio dos povos de Canaã. Contudo, Jesus revela o Deus da vida e do amor. Sempre no meio da multidão, ele comunica a vida.
João, em seu Evangelho, não menciona a partilha dos pães por Jesus na última ceia. Este gesto de partilha se realiza neste momento de encontro com a grande multidão e tem um caráter universalista, pois aí estavam presentes gentios da Galiléia e de territórios vizinhos. Os evangelistas narram este episódio baseados na tradição das primeiras comunidades, a qual se inspirava na narrativa da partilha do pão feita pelo profeta Eliseu. Esta narrativa sobre Eliseu nos é apresentada hoje na primeira leitura. A solução do problema da fome e das carências humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar em vista do lucro.
É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra, da cultura, que se pode satisfazer a todos e ainda há de sobrar em abundância. É pela partilha que se chega à unidade desejada por Deus, superando-se a divisão entre ricos e pobres e formando-se um só corpo e um só Espírito, no vínculo da paz (segunda leitura).
(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório
http://domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/comentario_ao_evangelho.php
O evangelista João, ao mencionar a Páscoa como "a festa dos judeus", coloca-se a si próprio, bem como a Jesus, fora desta celebração tradicional de Israel. Assim também, no Evangelho de João, a última ceia de Jesus, em Jerusalém, não é realizada no dia da Páscoa, mas na sua véspera. Na Páscoa celebrava-se a morte dos egípcios e a saída do povo de Israel do Egito, para a invasão e o extermínio dos povos de Canaã. Contudo, Jesus revela o Deus da vida e do amor. Sempre no meio da multidão, ele comunica a vida.
João, em seu Evangelho, não menciona a partilha dos pães por Jesus na última ceia. Este gesto de partilha se realiza neste momento de encontro com a grande multidão e tem um caráter universalista, pois aí estavam presentes gentios da Galiléia e de territórios vizinhos. Os evangelistas narram este episódio baseados na tradição das primeiras comunidades, a qual se inspirava na narrativa da partilha do pão feita pelo profeta Eliseu. Esta narrativa sobre Eliseu nos é apresentada hoje na primeira leitura. A solução do problema da fome e das carências humanas não está na economia de mercado, no vender e no comprar em vista do lucro.
É pela partilha dos bens deste mundo, do pão, da terra, da cultura, que se pode satisfazer a todos e ainda há de sobrar em abundância. É pela partilha que se chega à unidade desejada por Deus, superando-se a divisão entre ricos e pobres e formando-se um só corpo e um só Espírito, no vínculo da paz (segunda leitura).
(O comentário litúrgico é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório
http://domtotal.com/religiao/meu_dia_com_deus/comentario_ao_evangelho.php
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