A Igreja continua a missão de Cristo na
Terra
O mundo de hoje, cada vez mais, vai se dividindo entre os que amam e
servem a Deus e aqueles que vivem “como se Ele não existisse”, como
disse o Papa João Paulo II. Para o mundo – “que jaz no maligno” - já não há
lugar para Deus e para a vivência de suas leis.
A imoralidade cresce avassaladoramente, derrubando os pilares da civilização
cristã do Ocidente. A moral católica é desprezada, a dignidade divina do homem é
pisoteada, o desrespeito a Deus é acintoso. O homem moderno quer o lugar de
Deus, quer ser o seu próprio Deus, e vai construindo uma nova Babel onde impera
a confusão, o desentendimento e a angústia moderna.Por outro lado, o maligno vai espalhando as mãos cheias de joio no meio do bom trigo do Senhor; cada vez mais, falsas doutrinas e falsas religiões afastam o povo da verdadeira Redenção; e, dentro da Igreja floresce também o secularismo e o relativismo moral, contestando abertamente ao Papa e ao Magistério sagrado da Igreja. João Paulo II disse que os falsos profetas fizeram escola no século XX.
São Paulo alertou a São Timóteo, o seu bispo primeiro, de Éfeso, sobre essa ousadia dos “iluminados”: “O Espírito diz expressamente que nos tempos vindouros, alguns apostatarão da fé, dando ouvidos aos espíritos sedutores e doutrinas diabólicas” (1 Tim 4,1).
“Porque virá o tempo em que os homens já não suportarão a sã
doutrina da salvação. Tendo nos ouvidos o desejo de ouvir novidades,
escolherão para si,
ao capricho de suas paixões, uma multidão de mestres. Afastarão os ouvidos da
verdade e se atirarão às fábulas?” (2 Tim 4,3-4).
“falsos profetas”, “doutrinas diabólicas”, “multidão de
mestres”, milhares de “fábulas”… povo enganado. O profeta Oséias anunciou bem:
“O meu povo perece por falta de doutrina” (Os 4,6).
“Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos
séculos” (Mateus 28,20).
“o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23).
“Se digo ao malévolo que ele vai morrer, e tu não o prevines e
não lhe falas para pô-lo de sobreaviso devido ao seu péssimo proceder, de modo
que ele possa viver, ele há de perecer por causa de seu delito, mas é a ti que
pedirei conta do seu sangue. Contudo, se depois de advertido por ti, não se
corrigir da malícia e perversidade, ele perecerá por causa de seu pecado,
enquanto tu hás de salvar a tua vida” (Ez 3,18-19).
Nunca vimos tanta
imoralidade campear em nosso mundo como hoje: tenta-se legalizar a prostituição,
distribui-se a pornografia por todos os meios; a prática homossexual é propagada
e incentivada às crianças e aos jovens; defende-se o aborto, a eutanásia, a
manipulação de embriões humanos e seu uso criminoso como se não fosse gente,
incentivo ao suicídio, distribuição farta e vergonhosa da “camisinha”;
propagação da “identidade de gênero” para negar que o ser humano foi criado
sexuado por Deus, enfim, nega-se radicalmente a moral cristã, cospe-se no rosto
de Cristo.
E a Igreja não pode se calar diante de tanta ofensa a Deus. Se nos calarmos as pedras clamarão. Quando os enviou, Jesus deixou claro que os seus seriam perseguidos:
“Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as
serpentes, mas simples como as pombas. Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão
aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas. Sereis por
minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de
testemunho para eles e para os pagãos… Sereis odiados de todos por causa de meu
nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.”(Mt
10,16-22.
Penso que esteja na hora de meditar seriamente nessas palavras de Jesus:
“Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também
eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém,
que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está
nos céus.” (Mt 10,32-33).
Prof. Felipe Aquino
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