Ora, para ser definido como cristão, uma pessoa tem que obrigatoriamente crer nas verdades proclamadas pela fé cristã, ou seja, precisa crer que Jesus é Deus e não um espírito-guia; precisa crer que Deus se fez homem e não que é um espírito que encarnou-se; precisa crer que Jesus ressuscitou dos mortos e não que apenas o espírito de Jesus apareceu após a sua morte. É preciso crer que as Sagradas Escrituras contém mais do que valores morais ou regras de boa convivência. Para os cristãos, pelas Sagradas Escrituras
Deus fala ao homem à maneira do homem.(CIC 109)
Além de crer nas verdades cristãs, um cristão autêntico não pode crer no que a Igreja claramente condena. E a condenação da Igreja Católica ao espiritismo não é recente, pelo contrário. Em 403, Justiniano proclamou um edito ao patriarca Menas de Constantinopla, referindo-se às sugestões de Orígenes:
Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistem, no sentido de serem, anteriormente, mentes e forças santas que se desgastaram da visão divina e se voltaram para o pior e por isto se esfriaram no amor a Deus, tomando daí o nome de almas, e que por punição foram mandadas para os corpos embaixo, seja anátema. (DH 403)Portanto, afirmar que um espírita não pode ser considerado um cristão é apenas fazer valer o óbvio: não pode ser cristão porque não crê nas verdades cristãs. Trata-se de interpretar o conceito de cristão em seu sentido estrito, técnico e restrito: eles não são cristãos porque não creem que Jesus é Deus e nem que ele ressuscitou.
http://padrepauloricardo.org/episodios/um-espirita-e-ou-nao-cristao
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