O arcebispo Dom Orlando Brandes enviou uma carta aos paroquianos e à sociedade londrinense fazendo um convite para a vigília. O assessor de imprensa da arquidiocese, padre Claudinei Souza da Silva, coloca que é preciso mostrar um posicionamento claro e concreto sobre a votação que vai acontecer no Supremo Tribunal Federal (STF).
"Eu acredito que a Igreja é totalmente favorável à vida. Não é só pressão sobre a votação, é a Igreja mostrando sua cara. Acabamos de celebrar a ressurreição, que é vida e vida plena. A Igreja está mostrando a cara do ressuscitado", argumentou.
Nesta quarta-feira (11), o STF realiza o julgamento sobre a legalização do aborto de fetos com meroanencefalia, comumente chamados de anencefálicos. A CNBB emitiu uma nota desaprovando o fato e alegando que a votação é totalmente incompatível com os princípios da "inviolabilidade do direito à vida", da "dignidade da pessoa humana" e da promoção do bem de todos sem qualquer forma de discriminação, presentes da Constituição Federal.
O caso chegou ao STF depois de um pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS). A entidade argumenta que a anencefalia é uma má formação congênita fatal em 100% dos casos. Para contradizer a CNTS, a Igreja Católica mostra casos de crianças vivas após um, dois anos de idade.
No site da Arquidiocese do Rio de Janeiro, por exemplo, há uma entrevista com Joana Schimitz Croxato, mãe de uma garota anencefálica que completou dois anos. Com 12 semanas de gravidez, ela descobriu que a filha tinha acrania, ou seja, a calota craniana não havia se formado e as estruturas cerebrais seriam comprometidas em contato com o líquido amniótico.
Joana acredita que a filha, Vitória, é uma criança doce e especial que demonstra o quanto se sente amada. Ela defende que as mulheres optem pela vida dos filhos e possam experimentar a maternidade, mesmo com as dificuldades da anencefalia.
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